Ele se espreguiçou e acordou. Abriu os olhos e, estranhando o lugar onde estava, olhou em volta. Era tudo branco mas ele pôde perceber chão, paredes e teto. Uma figura veio por um corredor e aproximou-se. Tinha a pele e os cabelos brancos e usava roupas brancas mas distinguia-se do fundo pela diferença de tonalidade.
- Até que enfim, acordaste.
- Que lugar é este?
- Vais descobrir com o tempo.
- Como é que eu vim parar aqui?
- Sempre estiveste aqui.
- Então por que não me lembro deste lugar?
- E de que te lembras?
Ele pensou um pouco.
- De nada. Mas eu sei que estou vivo. Quem é você?
- Tu não podes compreender o que sou.
- E eu, o que sou?
- Por enquanto, nada. Vamos, levanta-te, estás perdendo tempo.
Ele obedeceu. A figura começou a andar e ele a seguiu. Caminharam muito tempo, entre paredes, chão e teto brancos.
- Aonde vamos?
- A lugar nenhum.
- Então por que vamos?
Ela parou de andar e perguntou, surpresa:
- Tu não queres ir?
- Se não há um destino, ...
- O destino é caminhar.
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