Rosala viu uma casa a alguma distância e, mesmo receando ser ignorada ou mesmo expulsa, como já acontecera muitas vezes, aproximou-se. Uma mulher escolhia as toras de lenha mais secas para levar para dentro de casa. Era baixa e robusta, sem ser gorda. O rosto redondo era iluminado pelas faces rosadas e por um sorriso que parecia fazer parte das feições. O cabelo avermelhado estava preso à nuca por uma tira de pano e caía até quase a cintura.
- Bom dia -Rosala saudou-a.
A mulher virou-se e assustou-se ao vê-la, deixando cair no chão a lenha que tinha nos braços.
- Meu Deus, mas o que aconteceu com você?!
- A senhora teria um pedaço de pão para me dar?
- Tenho, tenho sim. -ela recolheu novamente a lenha escolhida- Venha.
A mulher convidou-a a se aproximar e segurou-a pelo braço:
- Mas você está gelado! Pobrezinho!
Rosala entrou na casa com a mulher e sentou-se à mesa, no lugar que ela indicou. A mulher alimentou o fogo do fogão e pegou uma forma de pão, que partiu ao meio e entregou a Rosala, que olhava para o pão com os olhos arregalados:
- Posso... posso comer tudo?
A mulher riu:
- Pode. Coma o quanto quiser.
Rosala não esperou outro convite para engolir tudo quanto conseguia.
- Coma devagar! Assim vai fazer mal!
- Mal -ela engoliu mais um pedaço inteiro- é ficar com fome.
A mulher riu, concordando. Rosala comeu o pão todo, sem deixar ficar nem farelo.
- Ainda está com fome?
Rosala concordou com um gesto tímido de cabeça.
- Mas agora vai ter que esperar a ceia.
Ah... Que maldade é essa? Postar só um pedacinho... Estou muito curiosa! E amei a linguagem, não vejo a hora de adquirir o meu exemplar. ;)
ResponderExcluirParabéns!
já adquiri o meu. Só esperando chegar. Se quiser uma fotocópia... brincadeirinha, Mônica.
ResponderExcluirEssa foi dureza...
ResponderExcluirLi o trecho às 11:54 e agora estou com vontade de comer pão...
=|
hehehehheheh
Parabéns Monica. O texto tem boa fluência e a composição me agradou.
Att.,
Barxaza
Duvido que o pão que você comeu (se comeu) seja bom como o pão da Berta. :)
Excluir